Ah! Mamãe aqui estou estou, mamãe aqui estou estou,
.... sou Homem om H, e como sou !
Eis aí na foto, um timaço do “grupo dos
onze” de Cachoeiras de Macacu: Alfredão,
Zé Laurindo e Bira (Ubirajara Muniz). Esta foto
foi tirada em 15 de agosto de 1994 por ocasião do aniversário de 80 anos de
Alfredão. Já em 1984, recebera das mãos da vereadora Selma Coutinho o título
de ‘Cidadão Cachoeirense', por justo merecimento.
Alfredo Alves Barbosa, de camiseta azul
Fez parte de um seleto grupo de
brasileiros, macacuanos que defenderam a Consituiçãao contra o golpe de 64, como
Amaro de Andrade(Amaro Barbudo), Delcio Pereira, Anésio Freitas,José Custódio, João Correia
de Paula, Izaías Biazzati, José Laurindo, Joel Viana, Alacidio Salvador, Antonio Pinduca e da
Professora Alda Maria Maciel, que em sua própria casa, na Ribeira, dava aula
para o lavradores.
Foi pai de 8 filhos, avô e
bisavô e amigo do povo. Foi casado com Dona Josefa Paulina por apenas 71 anos. Faleceu em 2005
os 91 anos, sem ver o seu pedido de indenização atendido.
O curioso, se não trágico, é que neste mesmo ano de 2005,
uma centena de apaniguados, dentre estes os presidentes de partidos, como Renato
Rabelo, contando com menos de 65 anos receberam suas reparações indenizatórias
da Comissão da Anistia, no caso conhecido como os “ fura-fila do Renan ”...
Alfredo Alves Barbosa, natural de
João Pessoa, chegou à Papucaia em 1954. Exímio pedreiro, juntamente com José
Laurindo, ajudou a construir com colher
e cimento a história do lugarejo. E não
só fez casas. Foi certamente um dos mais valentes defensores da luta por reforma
agrária, o que lhe custou algumas prisões.
O que lhe faltava em altura,
cerca de 1,53, sobrava-lhe em valentia. Preso várias vezes, cobriam-lhe no
cacête, a que respondia à altura Voltava
moído para casa. Depois das compressas de dona Josefina, estava prontinho para ir
à luta novamente.
Segundo seu prontuário no Dops, foi
um dos responsáveis pela ocupação da fazenda São José da Boa Morte, liderando
ainda cerca de 50 caamponeses no episódio conhecido como o ‘saque do armazém do
Horito’, em 30 de março de 1964, isto é, um dia antes de irromper o golpe
militar.
Preso cinco dias após o golpe, em
04 de abril de 1964, foi mantido incomunicável por dois meses no Dops de Niterói
e na Fortaleza de santa Cruz. Solto em condicional, continuou sua militância.
Um traço característico seu era o
de ter e defender suas posições , assumindo-se publicamente, diferentemente dos
demais que preferiam clandestinizar suas opções ideológicas.
Não lhe faltavam citações fortes como
esta que encontramos em seu prontuário no Dops: “... certo estava sendo em
Cuba, onde todos trabalham na lavoura, inclusive os estudantes. O que está
sendo feito aqui no Brasil é uma merda ! "
Segundo os arquivos da política
política, Alfredão teve a audácia de em
praça pública – a os Colonos, soltar fogos para comemorar a morte do
marechal-ditador Castelo Branco.
Sete dias após ( 26/07/1967) seria indiciado no IPM de Cachoeiras, juntamente com outros quarenta oito. Passou três anos homiziado, retornando à região em meados de 1970.
Sete dias após ( 26/07/1967) seria indiciado no IPM de Cachoeiras, juntamente com outros quarenta oito. Passou três anos homiziado, retornando à região em meados de 1970.
Este era o Alfredão que
conhecemos. Seu perfil de homem bom, querido por todos e ligado às tradições
populares, lembra muito um outro conhecido nosso: Marighella.
Em seus últimos anos de vida
dedicava-se a incentivar o futebol, praticado no Colonial E. C., além de
promover o carnaval de rua na localidade.
Marighella vive !
Alfredão também.
Alfredo Alves Barbosa, presente !
(Alberto Santos)
Marighella vive !
Alfredão também.
Alfredo Alves Barbosa, presente !
(Alberto Santos)
Esse era o meu avô, um homem guerreiro e de muita coragem..
ResponderExcluirSaudades eternas..