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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Joaquim Metralha do CCC : Como morre um cagão

Na foto abaixo , de 1939, vemos os membros da Associação Fluminense de Proteção ao Lázaro, na data em que foi empossada presidente a Drº Alzira Nogueira . Curiosamente,  nos idos de 1905, esta senhora protagonizou o primeiro voto feminino 'em separado' no Brasil . Natural de Minas Novas (MG), doutora Alzira era casada om o Desembargador que hoje cede o nome ao complexo prisional de Niterói : Vieira Ferreira Neto. Além da medicina, como correspondente escrevia para vários jornais - crônicas e poemas. Pertenceu a uma seleta lista de mulheres que ousou questionar a sociedade patriarcal brasileira nos primeiros anos do século XX, dentre estas Nina Aroeira e Patrícia Galvão. Dedicou boa parte de sua vida ao combate à Hanseníase, tendo sido fundadora das unidades de Vista Alegre e Iguá (em Itaboraí). Era casada e teve três filhos.

Mas, apesar deste pefil irreprochável de feminista e filantropa, Alzira não poderia imaginar que em seu ventre poderia gerar uma das criaturas mais abomináveis da História de nosso País.





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                                                  Drº Alzira Nogueira ao centro e seu filho de 7 anos

          Este garoto de 7 anos, viria a protagonizar um dos mais hediondos episódios de conspiração da República. Filho e neto de desembargador influente, tornou-se muito próximo do Almirante Pena Boto, e em pouco tempo tornaria-se um agente a serviço da CIA para desestabilizar o governo Vargas e ao promissor Ministro do Trabalho João Goulart...


... pois esse garoto, ao completar 27 anos, tornar-se-ia um cão sarnento. Foi dele a inspiração da fasificação da famosa Carta Brandi, em 1953, documento que seria utilizado por Carlos Lacerda procurando comprometer João Goulart com um suposto plano de "coordenação sindical entre o Brasil e a Argentina", criação de "brigadas operárias de choque" e contrabando de material bélico pela fronteira de Uruguaiana Esse rapaz, conhecido pelo pseudônimo de Victor, recebia Cr$ 300.000,00 do serviço secreto norte-americano e, em 1958, falsificaria outros documentos, como um acordo do PTB com os comunistas e um memorial de militares, reclamando a renúncia de Kubitschek e Goulart, bem como a paralisação das obras de Brasília ...


                                         a máfia do Corvo - o Clube da Lanterna

Não o classifico como filho da puta, pois sua mãe, Doutora Alzira não merece tal adjetivo. Ele era apenas o filho do cão que possivelmente a possuíra numa noite de trevas. 
Victor praticou inúmeros crimes, inclusive o incêndio criminoso na sede da UNE .


                                                incêndio no prédio da UNE - 1964



Pode-se atribuir a ele dezenas de assassinatos no antigo Estado do Rio de Janeiro, pois esse infeliz comandava a LAC, CIADC, CIABC, CBAI, braços armados do CCC.



                                                    Joaquim Metralha e suas carteirinhas

Todo poderoso, mesmo com os generais ditando as cartas e as regras, Victor continuou xerifando por sua conta e obra. Como fiscal de rendas, adquiriu status e vencimento de desembargador.

Possuía uma mente tão doentia que mereceu ser sacaneado por Stanislaw Ponte Preta, como segue:




Talvez alguns já tenham ouvido falar em "JOAQUIM METRALHA", temido em Niterói, São  Gonçalo, Maricá, Magé e Itaboraí...
Eu tive o desprazer de conhece-lo, melhor dizendo, avistá-lo. Entre os anos de 1980 e 1982, arrombou por duas vezes minha casa, no Caluje e no Badureco, em Itaboraí, à procura de documentos "comprometedores". Seu modus operandi era invadir a casa de seus "suspeitos" e rasgar estofados e colchõe à procura de papéis, documentos.


Em dezembro de 82, três meses após arrombar e vandalizar minha casa no Badureco, "Victor" recebeu o que merecia : como parte do processo de queima de arquivo dos generais, após o episódio Riocentro e da desova de Von Baugmarten, que apareceu boiando na praia da Macumba chegou a sua vez.




No dia 29 de dezembro , em Itaborai, como um covarde, de joelhos e pedindo clemencia, "Victor" foi executado com vários disparos....
Naquele 1982 Joaquim Metralha iria passar seu primeiro Reveillon no Inferno, de onde jamais deveria ter sido parido.



Em março de 83, seria vez de seu comparsa, Antonio Santana o rei da noite.







Os generais decidiram eliminar os vestígios de seus crimes, iniciando esta limpeza pelos arquivos-vivos, como já acontecera com Fleury e outros. Anos depois a mesma sorte teve Carlos Aberto Costa, o Carioca, morto miseriosamente , dentro de seu barco, com um machado fincado em sua cabeça na região do Maruhy. Mais recentemente foi a vez de Paulo Malhaes.

Considerado Patrono das organizações fascistas no Rio, na noite de seu velório, dezenas de homens escondendo-se da luz do dia, foram render-lhe homenagem. No entanto, seu féretro contou com a presença de apenas 25 pessoas, para quem o maldito padre Menceslau, do Barreto, fez um sermão/dicurso de uma hora de duração. Uma verdadeira apologia ao mal , exigindo que os documentos encontrados na casa de metralha não ficassem em poder da polícia estadual.



criado um suposto cunhado para encobrir a queima de arquivo



Em sua residência, o delegado da 71 DP, Dr. José Versilo ( tio do cantor Jorge Versilo), encontrou além de dezenas de pastas de documentos lacrados e uma vasta biblioteca de livros nazistas, cerca de 5.000 fichas/prontuários de cidadãos que eram monitorados por Victor: eu, vc, meu vizinho, teu vizinho, ou qualquer pessoa que ele cismasse ser suspeita. Possivelmente, este vasto material seja parte do acervo do DPPS/DOPS de Niterói até hoje desaparecido.

Seu nome: Joaquim Miguel Vieira Ferreira, um cão sarnento do CCC, Praticou covardias contra democratas, mas na hora de morrer foi um cagão, um covarde.... que queime no inferno e que  Padre Menceslau  tenha a mesma sorte!






(Alberto Santos)





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