Grandes vultos de Itaboraí
Em uma cidade onde falta de tudo, até vergonha na cara, a casa legislativa se resume a nomear ruas.
Entra legislatura, sai legislatura e nada muda.
Aliás, muda sim : sempre para pior !
A histórica Praça Marechal Floriano, hoje totalmente desfigurada.
Itaboraí é a cidade-caos !
Circulando pela cidade e vendo as pacas de logradouros encontramos verdadeiras aberrações.
Ruas e avenidas importantes levam o nome de cidadãos inexpressivos.
Bem na região central da cidade de Itaboraí há uma artéria importante a qual no início dos anos 80 "nomearam-se" como Avenida Amélia Saraiva dos Santos.
Mas quem foi este vulto pátrio a merecer tal honraria ?
Quem foi Amélia Saraiva ? Grande jornalista ou literata, causídica ou médica dedicada ?
- Ou será apenas a mãe, tia ou avó de algum vereador ?
Certamente que sim.
Por prestar um desserviço à Pátria, trazendo ao mundo mais um parasita de linhagem rastaquoère, ainda foi agraciada virando nome de logradouro.
Enquanto isto, grandes vultos(nativos ou não), sequer são lembrados, quiçá reverenciados. Lançados ao mais absoluto esquecimento por pura ingratidão de uma classe política abjeta e um povo que ainda não aprendeu a cultuar seus pares.
Vou citar aqui apenas três exemplos. Dois personagens de fora que em muito contribuiram para o engrandecimento da cidade, e um terceiro , este patrício : a médica Alzira Nogueira Reis, o professor e ator Adamastor Camará Ribeiro e a saudosa jornalista Jisele de Andrade... (minha flor de Lys)
Hoje falarei apenas de Alzira. Falarei sobre os outros dois , nas próximas postagens.
Alzira Nogueira Reis
1920- Faculdade de Medicina da UFMG
( nome de solteira - Alzira Vieira Ferreira Netto )
Nascida em 8 de Novembro de 1886, em Minas Novas, em uma casa na descida da Barra (MG). Falecida em 23 de Agosto de 1970, em Niterói. Está sepultada no Cemitério do Maruí, no jazigo 966, da Família Vieira Ferreira.
O pioneirismo foi a sua marca. Em 1905, Alzira e duas amigas, com base na Constituição, alistaram-se eleitoras, sendo a primeira mulher a votar no Brasil. Alzira sempre sonhou em ser médica, mas era impedida pelas leis brasileiras.
Enviou diversos pedidos de
autorização ao Ministério da Educação e por volta de 1911 recebeu o tão
esperado documento para estudar Farmácia. Em 1920, Alzira formou-se pela
Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas, tornando-se a primeira
médica do Estado.
Como escritora e jornalista escreveu para vários periódicos:
Jornal “O Mucuri”, de Teófilo
Otoni.
Jornal “O Nordeste Mineiro”, de
Teófilo Otoni.
Jornal “Tribuna Feminina”, de
Teófilo Otoni.
Jornal “Diário da Noite”, Ouro
Preto.
Jornal “O Fluminense”, de
Niterói.Revista Feminina, de São Paulo
Alzira organizou dezenas de eventos para arrecadar fundos para à causa dos hansenianos.
Em 1939, Dra. Alzira fundou e
presidiu a Sociedade Fluminense de Assistência aos Lázaros e o Preventório
Vista Alegre, destinado aos filhos sadios de lázaros. Entre 1933 e 1941, a vida
da distinta Médica foi toda dedicada à função humanitária, exercida
gratuitamente em benefício dos atingidos pelo Mal de Hansen. Conseguiu, porém,
grandes vitórias e a maior delas é ter deixado 100 crianças abrigadas em prédio
próprio e a garantia da continuidade de seu notável trabalho.
“Para os meus quatro filhos cuja
educação pedia minha assistência”.
Ponte sobre o Rio Iguá, Venda das Pedras - km 34 da Niterói/Friburgo (1918)
Em 1905, Alzira e duas amigas,
Cândida Maria Souza e Clotilde de Oliveira, com base na Constituição,
alistaram-se eleitoras.
O Primeiro Voto Feminino do
Brasil
A História Oficial registra o 1º
voto feminino em 1926, em Mossoró, mas a verdade inconteste é que esse direito
cabe a três jovens mineiras que votaram em 1905!
É importante destacar que Berta
Lutz, reverenciada como a grande defensora do Voto Feminino, escreve o primeiro
artigo sobre o tema em 1918... 13 anos depois das três mineiras votarem !
A Cassação dos Votos Femininos
Os votos das três moças foram
cassados seis anos depois, segundo consta nos Anais da Assembléia Legislativa
de Minas Gerais.
Antigua Vila feliz. Minas Novas
está ubicada al norte del estado, a 543 km de Belo Horizonte y 216 km de
Diamantina. Entre otros tantos atractivos, es el lugar privilegiado para
conocer y comprar el artesanato de cerámica del Valle del Jequitinhonha. (...)
Minas Novas posee una historia rica y singular. Con una actividad periodística
importante, tuvo su primer periódico, o Jornal de Minas Novas, en 1898. También
ocurrió aquí el primer voto femenino en Brasil cuando el Señor Francisco Coelho
Duarte Badaró ayudó a votar una ley que permitía el ejercicio del voto en
Brasil. (...)
Houve uma época no Brasil em que
era facultativo aos juízes de Direito exercer as funções de deputado ou
senador, com substituição mantida por outro bacharel, um juiz municipal.
para Alzira Reis
por Alberto Santos
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