Lendo Recentemente um artigo de Nei Lopes e trocando figurinhas com um amigo aqui no Facebook, me veio à memória imagens, flashs das grandes manifestações ocorridas na Cinelândia durante a memorável campanha das diretas. Logo me reportei ao presente e analisando às imagens do “gigante que acordou”, de fato, pode-se perceber a ausência do elemento negro durante as manifestações e protestos. Em meio àquele mar de patricinhas, mauricinhos, pitboys, carecas... em meio a um milhão, cadê o nego safado? Será que o negro ainda não acordou ou ele não é um “patriota” ? Talvez o negro tenha ido ao samba. Mas não havia nenhuma roda programada. Então foi jogar futebol ! Também não, pois o futebol hoje é um grande negócio, coisa para classe média, que sonha com o filho ganhando o mesmo que o Neymar. Até as escolinhas hoje são seletivas: o negrinho precisa se apresentar com fardamento oficial, e o pisante tem que ser da Nike ou da Adidas. Aí o jeito é assistir ao treino fora do alambrado.
Se não foi ao samba, nem ao futebol, já sei o negro foi ao shopping gastar o bolsa-família. Mas 119 reais não dá nem para sentar na praça de alimentação.
Então, onde se meteu essa p.... dessa escória humana que não vem pra rua gritar cum nóis fora Dilma, fora corrupção...?
Já sei, o negro naquele exato momento estava na linha de produção ocupando uma das milhões de novas vagas de trabalho criadas nos últimos 10 anos. Requalificou-se e está presente na indústria do gás e petróleo, na têxtil, na construção civil, nas telecomunicações.
Se não estava na produção, com certeza estava usufruindo do acesso democrático ao ensino superior, proporcionado pelas cotas raciais. Os reaças piram !
De tanto levar chibatada, parece que o negro está mais acordado do que nunca, sabe muito bem discernir entre o bem e o mal. Não se emganbela com o canto da sereia . Sabe que por trás deste discurso patriótico e nacionalista se escondem os mesmos senhores da senzala, que os relegou como raça inferior: é o gigante branco da senzala representado pela mídia golpista, pelo agrobanditismo, pelos neonazistas, pelos inquisidores intolerantes.
Parece que este nicho da sociedade (que há bem pouco tempo se encontrava abaixo da linha da pobreza) é o único a reconhecer os avanços no campo econômico e democrático.
Já sabemos para quem Dilma governa. Menos mal !
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